Projeto Genoma Humano

Iniciado nos anos 1990, o Projeto Genoma Humano contribuiu muito com o avanço da Medicina moderna

O Projeto Genoma foi iniciado em 1990 pelo Departamento de Energia dos Estados Unidos, com orçamento inicial de 50 bilhões de dólares e duração prevista de 15 anos. O trabalho foi uma força tarefa entre 18 países, com o objetivo de desvendar o código genético do organismo humano.

O principal objetivo da pesquisa foi criar mapas físicos em alta resolução com toda a sequência do DNA humano, além de criar um banco de dados para guardar todas as informações obtidas e assim aperfeiçoar as técnicas moleculares de modo a melhorar os estudos sobre os assuntos.

Um genoma é o conjunto de genes de uma espécie. Esses genes, por consequência, são formados por sequências de centenas de milhares de pares de bases hidrogenadas. Então, o principal objetivo do projeto era realizar esse sequenciamento de bases nitrogenadas do DNA humano.

Principais metas

Já sabendo quais eram os principais objetivos do projeto – o mapeamento do genoma humano – é importante ressaltar as metas que derivaram deste ponto principal.

Além de identificar todos os genes humanos, determinar a sequência dos 3,2 bilhões de pares de bases que compõem o genoma, armazenar as informações em bancos de dados e desenvolver ferramentas para analisar esses dados também foi imprescindível para que o projeto fosse para frente e utilizado com algum propósito.

Também foi concordado que teriam de ser colocados em discussão os pontos éticos, legais e sociais que pudessem surgir com o desenvolvimento do projeto.

Assim, a primeira versão do Projeto Genoma Humano foi capaz de gerar um grande montante de informações. Contudo, quanto mais informações eram angariadas, também mais dúvidas surgiam. Por se tratar de um assunto extremamente complexo, mesmo com muito tendo sido descoberto, muitas coisas também ficaram para ser entendidas.

Resultados da primeira publicação

Como dito anteriormente, o genoma humano possui cerca de 3,2 bilhões de nucleotídeos, sendo o tamanho médio dos genes de 3.000 bases. Contudo, essa média varia muito, já que o maior gene – o da distrofina – tem 2,4 milhões de pares de bases.

Além disso, cerca de 50% dos genes descobertos tem função desconhecida. A sequência do genoma humano é exatamente igual em uma proporção de 99,9% em todas as pessoas. Cerca de 2% do genoma codifica instruções para a síntese de proteínas. O cromossomo 1 é o maior do genoma humano e também tem o maior número de genes, 3.168. O cromossomo Y, é o menor e contém 344 genes.

Os cientistas localizaram, no genoma humano, milhares de locais nos quais há diferença de apenas uma base. Essa informação promete revolucionar o processo de encontrar sequências de DNA associadas com doenças muito comuns tais como disfunções cardiovasculares, diabetes, artrite e câncer.

O legado

Em junho de 2000 foi anunciado o primeiro rascunho do genoma humano. A primeira publicação aconteceu em fevereiro de 2001, pelas revistas Science e Nature, e as sequências com boa qualidade foram completadas em abril de 2003, marcando também o fim do Projeto Genoma Humano.

Esse longo estudo proporcionou que o projeto fosse disponibilizado para cientistas do mundo todo. Essas informações são importantes porque servem de base para pesquisa e descoberta de aplicações práticas.

Um dos principais resultados obtidos pelo Projeto Genoma Humano é a criação de testes que consigam medir a predisposição para doenças de inicio tardio, como parkinson e câncer de pulmão, além de permitir a investigação de questões evolutivas.

 

O Projeto Genoma Humano foi uma iniciativa fundamental para que cientistas investigassem a fundo o DNA e conseguissem utilizar as informações para chegar a diversas respostas sobre doenças genéticas. É um estudo hoje com 16 anos que segue sendo extremamente útil e contribuinte para novas descobertas.

 

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