Rápida recuperação de cirurgias robóticas

A promessa da melhoria na qualidade de vida dos pacientes durante e no pós-operatório

cirurgia robótica

(imagem: Bigstock)

A busca para um conforto cada vez maior para o paciente que precisa passar por um processo operatório leva médicos e cientistas a tentativas constantes do melhoramento tanto do processo em si quanto dos equipamentos a serem utilizados, cada vez mais precisos e delicados.

A técnica de cirurgia robótica teve seu início em 1999, com a criação de um robô chamado Da Vinci, que teve sua aprovação para o uso em pacientes em 2000. Inicialmente pensava-se em sua aplicabilidade para cirurgias realizadas a longa distância, algo que seria bem aproveitado em períodos de guerra, por exemplo.

Esta técnica chegou ao Brasil em 2008, e hoje conta com 41 aparelhos robóticos espalhados pelo país – sendo 21 deles em hospitais de São Paulo. Em Curitiba, o único aparelho disponível encontra-se no Hospital Erasto Gaertner, que difunde seu uso principalmente em casos oncológicos.

Recentemente o hospital realizou o primeiro procedimento de retirada de mama feito por um robô no Brasil. A maior vantagem da cirurgia, considerada de técnica minimamente invasiva, é a brusca diminuição no tamanho da cicatriz – um dos maiores traumas de mulheres que precisam passar por essa operação.

Cirurgias desta natureza de procedimento tradicional resultam em cicatrizes localizadas geralmente abaixo dos seios ou no mamilo. A utilização do robô Da Vinci proporciona cesuras de no máximo três ou quatro centímetros, sendo a incisão realizada pela axila.

Essa é, inclusive, parte dos benefícios para pacientes que passam por esses procedimentos. O alto nível de precisão e segurança da cirurgia são garantidos pela necessidade de cursos de especialização, formação e constante atualização por parte dos médicos.

Um menor tempo cirúrgico, menores cortes, menos sangramento, menor tempo de internação, diminuição nas dores e complicações pós-cirurgia e rápida recuperação são os maiores atrativos para a realização do procedimento nos pacientes.

Diversos médicos apontam que esses procedimentos, apesar de pouco utilizados em relação aos tradicionais, tendem a aumentar, principalmente para cirurgias de alta complexidade que exigem muitas horas de dedicação da equipe médica. A ergonomia concedida ao cirurgião possibilita movimentos impossíveis de serem realizados por mãos humanas.

Os constantes avanços tecnológicos comprovam isso, já que uma das principais limitações deste método são os poucos hospitais no Brasil capazes de realizá-lo e seu alto custo.

Com o tempo a tendência é que cresça o número de empresas fabricantes – já que até o momento tem-se o conhecimento de apenas uma empresa no mercado mundial que produza os equipamentos – e, consequentemente, os preços também tendem a diminuir.

O robô Da Vinci consiste em um console de controle – onde fica o cirurgião responsável – e uma unidade de braços robóticos – responsáveis por segurar os instrumentos cirúrgicos e capazes de dissecar e suturar tecidos. O médico realiza a operação por meio de um visor com imagens 3D transmitidas diretamente por câmeras de dentro do paciente.

Qualquer ação imprevista pro parte do médico aciona uma trava de segurança no dispositivo, o que evita que danos sejam causados ao paciente. Ao retirar o rosto da tela de controle o robô também para de funcionar automaticamente.

Toda cirurgia que é possível de ser realizada por meio da laparoscopia também pode ser realizada pelo robô, além de quase todas as áreas especializadas da medicina serem contempladas pelo método. As principais, contudo, são a urologia, a ginecologia, a oncologia, cirurgia de caixa torácica, cirurgia geral, no aparelho digestivo e bariátrica.

 

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