Saiba qual foi a última das grandes inovações da medicina
Nos últimos meses, uma notícia chamou a atenção de muitas pessoas de olho nas inovações da medicina. Cientistas estão muito próximos de desenvolver um medicamento que impede a progressão da doença degenerativa de Huntington, da qual sofre o famoso físico Stephen Hawking.
Na verdade, estamos falando talvez de um dos maiores avanços da medicina dos últimos anos. O remédio desenvolvido, caso seja lançado, será o primeiro a combater a causa da doença e não apenas os sintomas.
O que o remédio faz
Huntington é uma complicação extremamente rara e séria. Atinge em média 7 em cada 100 mil pessoas de origem europeia – dado que varia para outras etnias.
Ela é causada por causa de um gene “mutante” presente no corpo da pessoa que manda instruções para células produzirem uma toxina extremamente poderosa e perigosa. Ao longo do desenvolvimento da doença, essas proteínas tóxicas vão causando efeitos cada vez mais sérios: primeiro, mudanças de humor, raiva e até depressão; depois, ao longo dos anos, a pessoa começa inevitavelmente a ter movimentos involuntários, sofrer de demência e paralisia do corpo.
O que o remédio inovador faz é impedir que as células recebam essa informação destrutiva do gene mutante. A droga, chamada de Ionis-HTTRx, intercepta o mensageiro antes que ele dê informações para a produção das toxinas.
Não é exatamente “cortar o mal pela raiz”, mas constantemente estar cuidando para a “árvore não crescer”.
A administração do remédio funciona através de injeções aplicadas na região da espinha. Caso futuros testes funcionem e a droga seja aprovada para a comercialização, os cientistas estimam que uma aplicação a cada três ou quatro meses será suficiente.
Uma das últimas grandes inovações da medicina
Marcar o desenvolvimento do remédio como uma das últimas grandes inovações da medicina não é exagero, já que a comunidade médica-científica ficou bastante animada com os resultados, e não apenas por causa da doença de Huntington.
Como a droga funciona através de uma espécie de DNA sintético, é possível desenvolver tratamentos para outras doenças degenerativas através da mesma base da Ionis-HTTRx. Mal de Parkinson e Alzheimer são outros possíveis tratamentos.
Sabendo do quão positivo pode ser o desenvolvimento do remédio, empresas farmacêuticas já se movimentaram. A suíça Roche já investiu 45 milhões de libras em licenças para desenvolver a droga, o que irá levar a testes mais longos e precisos para se certificar de sua eficácia.
Se tudo der certo nos próximos anos, é esperado que a droga seja utilizada para pessoas com Huntington logo nos estágios iniciais da doença. Isso poderia impedir todos os principais sintomas, incluindo as fatalidades.
Mais testes, estudos e resultados deverão ser publicados nesse ano pelos cientistas responsáveis pelo estudo. A maior parte desses profissionais é da University College de Londres, sendo que a líder que conduziu os testes iniciais é a Prof.ª Sarah Trabizi.
A Medworld apoia qualquer uso da tecnologia para o desenvolvimento de soluções que melhoram a qualidade de vida das pessoas. Por isso, estaremos acompanhando todas as novidades desse novo medicamento.
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Com informações de The Guardian.