Filtro solar: importância em todas as épocas do ano

Os raios ultravioleta, perigosos para a pele, continuam em ação mesmo nas épocas mais frias do ano, por isso é preciso manter a derme protegida

Imagem: Freepik

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Durante os últimos 30 anos a campanha para que o uso do filtro solar, ou protetor solar, se tornasse cada vez mais frequente ganhou força conforme os estudos em torno da saúde da pele foi se desenvolvendo. Apesar de muitas pessoas utilizarem o produto com fins estéticos, ou seja, para evitar manchas cutâneas, queimaduras solares e o envelhecimento precoce, o protetor é recomendado pelos dermatologistas para a prevenção de uma doença muito temida: o câncer de pele.

A encrenca começa porque há uma exposição aos raios UVA e UVB quando se está no sol. Enquanto o UVB é mais predominante no verão, o UVA incide igualmente durante o ano todo e ao longo do dia. Por passar despercebido, já que não queima a pele, os raios UVA são muito mais perigosos para a saúde.

É um consenso entre a comunidade médica mundial que a radiação ultravioleta (UV) provoca reações cutâneas e oftalmológicas, como o enrugamento precoce, manchas escuras na pele, lentigo e catarata. Tanto os raios UVA quanto os UVB podem penetrar a pele e danificar o DNA das células, o que favorece um possível surgimento de câncer.

Câncer de pele

Cerca de 30% de todos os casos de câncer registrados no Brasil correspondem ao câncer de pele. A doença pode ser divida entre dois grupos principais, os melanomas e os não melanomas. O segundo grupo é o mais comum, com cerca de 90% dos casos, e tem um alto potencial de cura dependendo de quando são descobertos e tratados. O carcinoma basocelular e o carcinoma espinocelular são variações mais comuns dentro deste grupo. Apesar 3% das neoplasias malignas na pele são melanomas. Sua gravidade está ligada à possibilidade de causar metástase.

Uma das maneiras de desconfiar da ocorrência do câncer de pele melanoma é ficar de olho em pintas e feridas: se elas mudarem o formato, aumentarem ou se os ferimentos da derme não curam, o melhor a se fazer é procurar um médico.

Os raios solares na pele

As radiações que são emitidas pelo sol podem ser classificadas em cinco ao todo: infravermelha, UVA, UVB, luz visível e UVC.

A radiação infravermelha é o calor que emana do sol, que pode causar doenças e o envelhecimento da pele. Também dá uma sensação de ressecamento e uma eventual desidratação.

A UVA atinge as camadas mais profundas da pele, o que causa o envelhecimento precoce e o melanoma. Já o UVB provoca vermelhidão e queimaduras solares, e estão diretamente relacionados ao câncer de pele não melanoma.

A luz visível é aquela que somos capazes e enxergar, incluindo a artificial, e seu efeito cumulativo é similar ao do raio UVA.

Por fim, a UVC. É o tipo de radiação mais nocivo para a pele, e na teoria é capaz de causar queimaduras graves e um risco de tumores muito mais alto. Contudo, o planeta possui uma proteção natural para que ela não nos atinja: a camada de ozônio.

Filtro solar

O filtro solar é eficaz na prevenção dos danos cutâneos causados pelos raios UV, tanto agudos – queimaduras solares – quanto crônicos – manchas, fotoenvelhecimento e câncer de pele. Pelas regras da ANVISA, os protetores devem ter um fator de proteção UVA de pelo menos 1/3 o valor UVB (o FPS que vemos no rótulo).

A quantidade de produto aplicada na pele também é muito importante, já que a maior parte da população usa menos do que deveria. Por isso existe o Consenso Brasileiro de Fotoproteção, que criou a regra da colher de chá. O conceito determina que a proporção ideal de produto para o rosto, cabeça e pescoço é uma colher de chá, enquanto que para o braço, torço e costas devem receber duas colheres de chá.

 

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