Conheça mais sobre a Medicina Fetal

A Medicina Fetal surge como subespecialidade da obstetrícia e ginecologia para garantir melhores condições de exame e tratamento

ecografia fetal

imagem: Bigstock

A Medicina Fetal surgiu recentemente como uma subespecialidade da obstetrícia e da ginecologia. O objetivo ao colocar a área de atuação como algo oficial é garantir ao feto a segurança e desenvolvimento adequado do começo ao fim da gestação.

O grande “boom” da área ocorreu em meados dos anos 1990, com o surgimento de sondas transvaginais para ultrassonografia para realização de diagnósticos mais precisos e precoces de más-formações ou informações sobre o bem-estar fetal.

A Medicina Fetal leva em consideração propostas para que o feto, na fase intrauterina, tenha acesso à tratamentos possíveis para determinada patologia, ou então se vale mais a pena para a vida do futuro bebê esperar o nascimento.

Essa especialidade funciona como um braço da obstetrícia, que visa manter vigilância constante com o feto e também monitorar patologias relacionadas ao sistema nervoso central, ao coração, aos pulmões, e às patologias herdadas de problemas maternos, como as relacionadas com diabetes e hipertensão.

Apesar de virarem notícia com frequência, os tratamentos cirúrgicos não são sempre necessários para que o caso continue sendo monitorado e cuidado com base em outros tratamentos. A medicação por meio da mãe também é um método muito utilizado para tratamento de patologias cardíacas, por exemplo.

Tratamentos mais complexos podem ser as próprias cirurgias intrauterinas, em que ocorre uma exposição do útero ao exterior para que haja a interferência no corpo do feto e a cirurgia propriamente dita, com a incisão no bebê, correção e então recolocação de tudo na barriga da mãe para que a gravidez tenha continuidade normalmente.

Há também tratamentos que exigem uma invasão, mas não tão complexa. A retirada de parte do líquido amniótico para estudo e a transfusão de sangue no bebê por meio do cordão umbilical são exemplos.

Em relação ao tempo em que a intervenção fetal pode ser feita, varia muito de acordo com qual procedimento será necessário para a correção da patologia. Estima-se que ela possa ser feita entre a 16a e a 25a semana, sendo que entre a 23a e a 24a é o melhor momento. Separa-se que intervenções de diagnóstico possam ser feitas já no primeiro trimestre; intervenções no feto, a partir do segundo trimestre.

Estima-se que o crescimento da medicina fetal no Brasil seja muito benéfico para a saúde tanto da mãe quanto do bebê. Por meio dela é possível descobrir problemas futuros que afetarão a saúde daquele feto e também é feita a identificação de mães consideradas pacientes de alto risco, que requerem um tratamento diferenciado e especializado no assunto em questão.

Os avanços tecnológicos benéficos para áreas cirúrgicas sensíveis já são uma realidade. Um exemplo é a nova agulha inteligente que está em fase de testes, que pode chegar em áreas muito menores ou então estarem menos suscetíveis ao erro cirúrgico – algo muito perigoso na medicina fetal por estarmos tratando de um corpo tão frágil.

Como um país em desenvolvimento que ainda possui um número alto de mortes no nascimento em comparação com países de primeiro mundo, recursos assim evitam possíveis nascimentos prematuros, permanecimento de bebês na UTI e também cirurgias cesáreas desnecessárias, já que é uma questão de saúde pública diminuir esse tipo de procedimento.

 

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