Biossensor desenvolvido pela USP diagnostica câncer de pâncreas em 8 minutos

Com custos reduzidos, o exame necessita de apenas uma gota de sangue

As células exócrinas e as endócrinas do pâncreas podem formar diferentes tipos de tumores, sendo o tumor exócrino o mais comum entre os casos de câncer no pâncreas, que é bem agressivo. No campus de São Carlos da Universidade de São Paulo (USP), pesquisadores desenvolveram um biossensor capaz de diagnosticar a doença. O exame leva oito minutos para gerar o resultado, cinco vezes mais rápido que o tradicional. Além disso, pode auxiliar em um diagnóstico precoce, possibilitando um melhor tratamento deste tipo de câncer.

Biossensor é capaz de analisar a quantidade de proteína CA-19-9 presente no sangue (Foto: Wilson Aiello/EPTV)

Biossensor é capaz de analisar a quantidade de proteína CA-19-9 presente no sangue (Foto: Wilson Aiello/EPTV)

O exame é realizado a partir de uma gota de sangue do paciente. Após separar o plasma da amostra coletada, os cientistas o colocam sobre uma tira de vidro com eletrodos de ouro. Dentro do dispositivo, um pó à base de quitosana – substância presente em crustáceos, como o camarão- é capaz de identificar a proteína CA 19-9, que pode apontar a presença da doença. “Quanto maior a concentração das proteínas no sangue, maior é o risco da pessoa desenvolver o câncer de pâncreas”, conforme explica o pesquisador Andrey Soares.

Outra vantagem do biossensor são seus custos reduzidos. Segundo o professor Osvaldo Novais de Oliveira Junior, o exame tradicional para identificar o câncer de pâncreas custa cerca de $45, e a estimativa para o novo método é o custo de $5 a $6, podendo estar disponível em dois ou três anos dependendo do investimento.

Os testes foram primeiramente realizados com sangue de animais e de pacientes do Hospital de Câncer de Barretos, onde atua o geneticista Matias Eliseo Melendez, envolvido na pesquisa. Segundo Melendez, a expectativa é que o exame possa ser realizado em outras unidades, inclusive dentro do consultório médico.

 

Fonte: G1

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