Esclerose Múltipla atinge mais de 35 mil brasileiros
Conheça mais sobre a doença que afeta principalmente jovens entre 20 e 40 anos.
O dia 30 de agosto é o Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla. A doença, que é considerada rara, é autoimune e acontece quando as células de defesa do organismo atacam o próprio sistema nervoso central, causando lesões cerebrais e medulares. Ela atinge mais de 2,5 milhões de pessoas no mundo inteiro e o desconhecimento e falta de informação são as principais causas da subnotificação e diagnósticos tardio da doença. Das 35 mil pessoas que convivem com a Esclerose Múltipla no Brasil, menos da metade delas – cerca de 13 mil – estão em um tratamento adequado para a doença, que não tem cura.
O objetivo do dia voltado à conscientização sobre a Esclerose Múltipla é justamente trazer a público informações importantes que podem ajudar pessoas que já tem a doença e não sabem. Os sintomas sensoriais e motores são as principais causas que levam as pessoas a procurarem um médico antes de receber o diagnóstico, mas a EM também pode manifestar outros sintomas como fadiga severa, alterações na fala e na visão, incontinência urinária e até depressão. 70% dos casos são diagnosticados em pessoas com idade entre 20 e 40 anos e sua ocorrência em mulheres é duas vezes maior que em homens.
A falta de informação gera ainda um série de mitos e preconceitos em relação à doença. Ao contrário do que se acredita, a doença não está relacionada à demência ou envelhecimento. As causas também são desconhecidas, mas os principais estudos apontam para predisposição genética, infecção viral e até influência do ambiente. Por exemplo, se uma pessoa com predisposição genética para a doença teve pouca exposição ao sol durante os primeiros meses ou anos de vida, este pode ser um fator ambiental com influência no para o surgimento e desenvolvimento da EM.
Outros mitos estão relacionados à mobilidade e empregabilidade das pessoas que convivem com a doença. Com um tratamento adequado, que tem o objetivo de controlar os sintomas, pessoas com EM podem retardar o desenvolvimento da doença e levar uma vida praticamente normal, se tomando alguns cuidados e incorporando algumas adaptações à sua rotina de trabalho.
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