Os perigos do termômetro de mercúrio

Termômetro de mercúrio: como funciona e por que foi proibido?

Item praticamente obrigatório em todas as casas, durante muitos anos o termômetro de mercúrio foi amplamente utilizado, sendo a única opção no mercado.

Com o tempo, os estudos de termometria foram evoluindo e novos modelos surgiram, como o termômetro digital, o termômetro infravermelho, entre outros. Além disso, constatou-se que termômetro de mercúrio, apesar da precisão, oferecia riscos à saúde,

No artigo de hoje vamos falar um pouco mais sobre o termômetro de mercúrio, como funciona e, principalmente, por que foi proibido. Confira!

O que é e como funciona o termômetro de mercúrio?

Criado no século XIX, a criação deste termômetro é atribuída ao físico alemão Gabriel Daniel Fahrenheit

Feito para determinar a temperatura corporal de uma pessoa, esse tipo de termômetro é formado por um tubo de vidro e um bulbo cheio de mercúrio, um metal líquido.

Ao ser colocado em contato com o corpo, a temperatura corporal aquece o tubo de vidro e o metal líquido se expande, indicando, portanto, a temperatura da pessoa que utiliza o equipamento.

Por ser um material simples de trabalhar, o mercúrio foi muito utilizado para medir a temperatura.

Por que foi proibido?

Em 2017 a ANVISA determinou o encerramento de todas as transações comerciais envolvendo o mercúrio. Em 2019, passou a valer em todo o território nacional a proibição de termômetros e esfigmomanômetros contendo mercúrio, bem como os amálgamas dentários que não sejam preparados por meio de cápsulas pré-dosadas.

Tal medida se deve aos graves riscos de saúde pela exposição ao mercúrio. De acordo com informações obtidas no site do governo, um estudo chamado “Diagnóstico preliminar sobre o mercúrio no Brasil”, mostrou que a exposição a 1,2 mg do metal líquido, por apenas algumas horas, pode causar bronquite química e, em seguida, fibrose pulmonar. Ainda segundo o documento, o mercúrio pode causar problemas ao sistema nervoso central e à tireoide, caso a exposição ao material ocorra por períodos longos.

Dentre as formas do elemento, existe o metil-Hg, que é a mais tóxica aos organismos superiores, em especial os mamíferos. O metil-Hg se acumula no sistema nervoso central, causando disfunção neural, paralisia e podendo levar à morte.

Novos termômetros

Ainda de acordo com o site do governo, o uso residencial dos termômetros de mercúrio não está proibido. Assim, os usuários residenciais poderão continuar utilizando normalmente os termômetros, com o devido cuidado no armazenamento e na manipulação, para que não ocorra a quebra do invólucro de vidro.

Com a venda totalmente proibida dos termômetros de mercúrio, algumas opções surgiram no mercado, com tecnologia mais avançada, mais segurança e preços igualmente acessíveis, como os termômetros digitais.

Descarte de termômetros

Segundo orientações da ANVISA, não há um procedimento oficial para o descarte correto do termômetro com mercúrio. No entanto, indica-se recolher, proteger e armazenar estes produtos em local seguro e isolado, armazenando o material em recipientes que protejam os equipamentos de eventuais quebras.

Em seguida deve informar à Secretaria Municipal de Saúde da sua cidade sobre o material e aguardar instruções quanto à logística de recolhimento e transporte destes equipamentos aos locais apropriados para destinação final adequada.

Fonte Imagem: <a href=’https://br.freepik.com/fotos-vetores-gratis/fundo’>Fundo foto criado por fabrikasimf – br.freepik.com</a>

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